Sexo abissal: como o minúsculo macho do "diabo negro" se acasala com a fêmea, até 6 vezes maior? 🌊🐠
- Ponto De Informação
- 13 de fev.
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Nos últimos dias, um vídeo gravado pela ONG Condrik Tenerife viralizou nas redes sociais em todo o mundo, mostrando uma aparição rara no oceano: o peixe "diabo negro", nadando à luz do dia a apenas dois quilômetros da costa de Playa San Juan, na Espanha. Esse seria o primeiro registro na superfície da espécie Melanocetus johnsonii, que geralmente habita águas entre 200 e 2 mil metros de profundidade.

"Os machos da espécie Melanocetus johnsoni gastam a maior parte de sua energia procurando uma fêmea para fertilizar seus ovos. Após uma união temporária por acoplamento, enquanto aguarda a liberação dos óvulos, o macho se solta e busca outra parceira. A reprodução ocorre por fertilização externa, com a fêmea liberando seus ovos na coluna d'água e o macho liberando seu esperma para fertilizá-los.

"Em muitas espécies de peixe-abissal, porém, machos minúsculos se "fundem" permanentemente ao corpo da fêmea, alimentando-se do seu sangue e funcionando como uma "fábrica permanente de esperma". Isso garante que a fêmea tenha sempre esperma disponível para fertilizar seus ovos, o que é uma baita vantagem, principalmente no ambiente profundo e escuro, onde encontros entre os sexos são raros. Esse fenômeno é conhecido como parasitismo reprodutivo. Além de alguns peixes abissais, outros animais também praticam a estratégia de sacrifício do macho para garantir a reprodução, como aranhas, enguias e até moluscos.
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